segunda-feira, 18 de julho de 2011

o fim do mercado de carbono

Ganhar muito dinheiro com ar. É possível? Entre os anos de 2006 e 2008, muitas empresas do Brasil e de outros países emergentes estavam convictas de que sim. E tinham razões para isso. Elas estavam faturando alguns milhões de dólares com a venda de créditos de carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), da ONU, uma das peças-chave do Protocolo de Kyoto - tratado assinado em 1997 que determinou pela primeira vez limites para as emissões de gases causadores do efeito estufa nos países ricos. Funcionava assim: uma companhia brasileira apresentava à ONU um projeto de MDL provando que havia reduzido as emissões de CO2 ao trocar, por exemplo, a matriz energética suja de uma fábrica por uma de fonte renovável.

Com isso, ganhava créditos, que vendia a uma empresa europeia ou japonesa que precisava cumprir metas de baixar suas emissões de gases estufa. Esse comércio entre emergentes e ricos teve seu auge em 2007, quando movimentou 7,4 bilhões de dólares. De lá para cá, porém, o MDL perdeu fôlego, e o que se vê hoje é o ocaso de um dos símbolos da luta contra o aquecimento global. Segundo um relatório do Banco Mundial divulgado no início de junho, a venda desses créditos gerou apenas 1,5 bilhão de dólares em 2010. Isso representou 1% do total de 142 bilhões de dólares do mercado global de carbono em 2010, que abrange outros tipos de negociação. Entre 2005 e 2007, essa fatia chegou a ser de quase 20%. O mercado de carbono começou a dar sinais de fadiga em 2008, quando a crise financeira mundial derrubou os preços dos créditos.

VEJA QUADRO - Ladeira abaixo: O Mercado de carbono já teve dias melhores

A crise tirou também o fôlego da indústria europeia, que, ao produzir menos, passou a precisar de menos ajuda dos emergentes para cumprir suas metas de redução de gases estufa. Até dezembro de 2009, porém, acreditava-se que os governantes dos países do mundo reunidos na conferência do clima da ONU, em Copenhague, na Dinamarca, definiriam um acordo global de redução de emissões para depois de 2012, data em que o Protocolo de Kyoto expira. Mas isso não aconteceu. Foi-se a expectativa e com ela os negócios com créditos de carbono do MDL. "Ninguém sabe o que vai ser do MDL a partir de 2013", afirma Flavio Pinheiro, diretor da Econergy, consultoria de projetos de carbono da empresa de energia francesa GDF Suez. "Não fosse essa insegurança, desenvolveríamos mais 50 projetos, além dos 71 de nossa carteira atual."

Sem nenhuma garantia de que os créditos de projetos registrados a partir de 2013 terão compradores, o que as empresas estão fazendo é correr para aprovar seus projetos de MDL na ONU até o final de 2012. Uma das companhias que estão brigando contra o relógio é a ArcelorMittal. O diretor de meio ambiente global da siderúrgica, o belga Karl Buttiens, esteve no Brasil em maio e deu ordens para a subsidiária apressar os quatro projetos em desenvolvimento. No cronograma inicial, a ArcelorMittal levaria, no mínimo, mais três anos para obter o registro. Dois desses projetos estão relacionados ao uso de carvão vegetal, em vez de carvão mineral, na produção de ferro-gusa na usina de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A siderúrgica já tem o registro de um projeto de MDL, que recupera gases como o monóxido de carbono produzido na aciaria de Tubarão, no Espírito Santo, para gerar energia em suas termelétricas. A venda de parte desses créditos ao banco alemão KfW em 2009 rendeu à ArcelorMittal 5 milhões de dólares. Hoje, a empresa negocia com o banco a venda de um segundo lote de créditos do mesmo projeto.

"O MDL tem sido um estímulo para que os países emergentes invistam em tecnologias limpas", diz José Otávio Franco, gerente de meio ambiente da ArcelorMittal Aços Longos. Dito isso, a questão que se impõe é quanto seu enfraquecimento vai atrapalhar essa trajetória. "Vamos continuar apostando em processos produtivos mais sustentáveis, mesmo que não possamos contar com o empurrão da venda de créditos do MDL", diz Franco. É uma visão otimista, que casa com a de especialistas que acreditam na recuperação desse mercado. Para Carlos Delpupo, da consultoria Instituto Totum, o acidente na usina japonesa de Fukushima e o renascimento da aversão à energia nuclear podem levar a um uso maior de combustíveis fósseis na Europa. "Esse aumento do uso de energia suja terá de ser compensado em parte com créditos do MDL", diz Delpupo. É uma hipótese. O que já virou uma certeza para as empresas de países emergentes é que ganhar dinheiro com ar - ou melhor, com créditos de carbono - já foi bem mais fácil.
fonte planeta sustentavel.

O lucindo estava certo materia da info exame

Quando passamos ao lado de um rio poluído, o mau cheiro denuncia a péssima qualidade da água. A cor escura ou a presença de espuma também apontam que algo vai mal. Mas o que fazer quando a poluição não pode ser vista com facilidade? A água parece limpa, mas está contaminada por um tipo de poluente praticamente invisível, difícil de detectar, não legislado no Brasil e com efeitos em grande parte desconhecidos. Essa é a nova preocupação dos cientistas que estudam os agentes poluidores da água e, consequentemente, seus efeitos sobre a vida. As substâncias se reúnem sob o nome de contaminantes emergentes e estão presentes em bens de consumo da vida moderna, como protetores solares, remédios, materiais para retardar chamas, pesticidas e nanomateriais.

“Ainda há poucos estudos na área, mas devido às aglomerações urbanas e ao saneamento precário, que aumentam a concentração dessas substâncias, elas podem trazer riscos ao ambiente e à saúde”, diz Wilson Jardim,pesquisador do Laboratório de Química Ambientalda Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, são conhecidos cerca de três milhões de compostos sintéticos - número que aumenta entre 5% e 10% todos os anos. Em média, 200 toneladas deles são produzidas nesse período, sendo que entre 20% e 30% podem contaminar a água e atingir os animais e o homem.

Hormônios também poluem
Alguns dos compostos emergentes mais estudados são os hormônios. Por fazer parte da nossa vida, parecem inofensivos. Mas o crescimento das metrópoles e o despejo de esgoto nos rios aumentaram sua concentração na água que usamos. O fenômeno é causado tanto por hormônios naturalmente excretados pelas mulheres, quanto por substâncias presentes em plásticos, agrotóxicos e pílulas anticoncepcionais. “Todas elas têm ação estrogênica e mesmo quando não são hormônios reais, agem no corpo de forma parecida”, diz Mércia Barcellos da Costa, bióloga da Universidade Federal do Espírito Santo. Segundo a pesquisadora, um desses compostos, o tributilestanho (TBT), provoca mudança de sexo de algumas espécies de animais. Ele é usado para revestir cascos de navios e evitar a incrustação por algas, mexilhões, cracas etc. Ainda há muita controvérsia sobre os efeitos da exposição prolongada em humanos.

Falam que ele e Louco defendeu o belinati e defende o ribeirão quati a materia abaixo;

Suspeita-se que o contato com a água com excesso de hormônios esteja antecipando a menstruação das meninas. Ela também poderia deixar os homens mais femininos e até causar câncer. Por enquanto, nenhuma dessas hipóteses foi confirmada. Estudos internacionais nas áreas de biologia e química constataram modificações anatômicas sérias em animais que vivem em regiões com água contaminada. No mundo, cetáceos como golfinhos e baleias estão contaminados e foram descritas mutações em moluscos e crustáceos. “São modificações que podem comprometer a reprodução de uma espécie e causar até mesmo sua extinção”, diz Mércia. Ela verifi cou o desaparecimento de populações inteiras de moluscos no litoral capixaba. Bruno Sant’Anna, biólogo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também se deparou com alterações nos caranguejos ermitões de São Vicente, no litoral do estado de São Paulo. ”Comecei a investigar e percebi que as fêmeas da espécie estavam se masculinizando. Isso acontece em 2% a 8% das populações dos ermitões”, afirma. Não por acaso, as regiões mais afetadas são próximas a portos, já que os navios carregam a substância, que é considerada tóxica e se acumula nos organismos por longos períod

LAUDO RUIDO AMBIENTAL

Este laudo foi realizado nos setores da   BRF Londrina Central de Distribuição, localizada na Av. Saul Elkind   cidade industrial s/n sa...