quinta-feira, 19 de abril de 2018

credito de carbono e pequenos agricultores

Pequenos agricultores encontraram uma forma de ganhar dinheiro.
Eles plantam para compensar danos ambientais causados por poluição.
 de ibfflorestas.org.br
Em uma área que estava abandonada, agora crescem mudas de eucalipto, de árvores nativas, entre elas o ipê, no reflorestamento comunitário do assentamento Antônio Tavares, em Querência do Norte/PR. O projeto é uma parceria entre as famílias dos agricultores, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Programa Paraná Biodiversidade.
Há três anos eles criaram uma cooperativa com o objetivo de negociar os créditos de carbono. “Podemos recuperar a área e depois fazer a exploração da madeira, através da venda do eucalipto, e do crédito de carbono”, explica Salete Schwertz, presidente da cooperativa.
O projeto também permite que o agricultor faça o plantio das árvores consorciando com culturas de retorno mais rápido, como a mandioca.
De acordo com Higino Aquino, diretor de desenvolvimento institucional do Instituto Brasileiro de Florestas, esse mercado é uma alternativa viável para a proteção dos recursos hídricos, pois a maior parte dos projetos de carbono florestal são desenvolvidas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) em beiras de rios e  nascentes. Assim como a Coopercarbono, organizada no Paraná, existem exemplos que deram certo em outras regiões. Para se ter uma ideia, a Coopercarbono já soma 380 hectares em restauração, beneficiando mais 180 pequenos agricultores, estimando-se o sequestro de 102,6 toneladas de carbono. Aquino ainda ressalta que o preço da tonelada de carbono tem aumentado a cada ano (na Coopercabono tem sido vendido a R$ 25,00/ton.). Porém outros mercados já tem praticado valores maiores, ultrapasando R$ 42,00/ton., viabilizando ainda mais a elaboração de projetos de carbono, tanto para pequenos, quanto para grandes proprietários rurais.
Os projetos de créditos de carbono desenvolvidos pelo IBF tem como foco o comércio voluntário de carbono em projetos de restauração florestal, conhecidos como carbono florestal, são projetos de reflorestamento que variam entre 3 a 50 hectares, de  agricultores organizados em grupos de trabalho, associações ou cooperativas. O problema ainda é a falta de mobilização por parte dos proprietários destas áreas para que, juntos, elaborem projetos para obter os recursos provenientes destes sequestros, pois diferente do comércio de carbono florestal via Protocolo de Kioto, a procura no mercado voluntário tem sido muito grande.
Um exemplo importante é o projeto de carbono da AES Tietê no âmbito do MDL, que consiste no reflorestamento com espécies nativas de árvores de mais de 13 mil hectares de áreas ciliares, atualmente ocupadas por pastagens não manejadas ao longo das margens de 10 reservatórios hidrelétricos. Conforme Aquino, a metodologia já aprovada do projeto da AES tem servido de base para vários outros projetos de geração de créditos no Brasil.

Waste decomposition time

Waste decomposition time
Let's look at the time of decay of the garbage in the environment:

Nylon (fishing line): 600 years
Plastic beverage bottles: 450 years
Disposable diapers: 450 years
Aluminum can: from 80 to 200 years
Plastic cups: 50 years
Rubber soles: from 50 to 80 years
Cans: 50 year
Leather: 50 years
Nylon (fabric): from 30 to 40 years
Plastic film: from 20 to 30 years
Plastic bag: 10 to 20 years
Cigarette tip: 1 to 5 years
Plywood: 1 to 3 years
Newspaper: 6 weeks
Orange or banana peel: 2 to 5 weeks
Towel paper: from 2 to 4 weeks
Styrofoam: 400 years
Bottle caps: 150 years
Chewing gum: 5 years
Glass Bottles: One Million Years
Tempo de decomposição do lixo
Vejamos o tempo de decomposição do lixo :

Nylon (linha de pesca): 600 anos
Garrafas de plástico para bebidas: 450 anos
Fraldas descartáveis: 450 anos
Lata de alumínio: de 80 a 200 anos
Copos plásticos: 50 anos
Solas de borracha: de 50 a 80 anos
Latas: 50 ano
Couro: 50 anos
Nylon (tecido): de 30 a 40 anos
Filme plástico: de 20 a 30 anos
Sacola plástica: de 10 a 20 anos
Ponta de cigarro: de 1 a 5 anos
Madeira compensada: de 1 a 3 anos
Jornal: 6 semanas
Laranja ou casca de banana: de 2 a 5 semanas
Papel toalha: de 2 a 4 semanas
Isopor: 400 anos
Tampas de garrafa: 150 anos
Chiclete: 5 anos
Garrafas de vidro: um milhão de anos

segunda-feira, 16 de abril de 2018

residuos construçao civil destinacao


Resíduos da Construção Civil devem ter destinação e gestão adequada

Alvenaria gera 50% do volume de resíduos de uma obra, madeira 30% e gesso 10%. 

Cada um requer procedimentos específicos. Saiba quais são eles

Redação AECweb / e-Construmarket


Foto: Divulgação
Reciclagem em canteiro para produção de agregados com uso em estabilização de solos na própria obra

As obras residenciais ou comerciais que utilizam processos construtivos convencionais, ou seja, estrutura de concreto armado associada a vedações em alvenaria com blocos de concreto ou cerâmicos, geram entre 0,10 e 0,15 m³ de Resíduos da Construção Civil - RCC /m² de área construída. De acordo com o mestre em Tecnologia Ambiental, Elcio Careli, diretor da empresa Obra Limpa, 50% desse volume se referem à alvenaria, concreto, argamassas e cerâmicos; 30% à madeira; 10% ao gesso; 7% ao papel, plástico e metais; e 3% são constituídos de resíduos perigosos e outros resíduos não recicláveis, inclusive rejeitos.
Segundo ele, para cada tipo de resíduo há uma destinação correta, seja reutilização ou reciclagem. “Mas devem ser observados cuidados bastante específicos”, diz, elencando, a seguir, os principais tipos de RCC, os processos para reutilização ou reciclagem e os cuida
dos requeridos.

Solos

Aterros de RCC classe A abrangem a recuperação de áreas degradadas pela atividade de mineração e serviços de regularização topográfica de terrenos, através de obras de engenharia com capacidade de receber resíduos definida por projeto específico.


Foto: Divulgação
Produção de argamassas utilizando areia reciclada em canteiro para assentamento e contrapiso

Para aterros de RCC classe A, é preciso identificar licenciamento ambiental específico que habilite os empreendimentos para o recebimento e disposição final de solos. Para obras de engenharia que demandam terra para mera regularização topográfica, considerar requisitos específicos da legislação local.

Alvenaria, concreto, argamassas e cerÂmicos

Os resíduos brutos podem ser reutilizados em obra para reaterros, de forma simplificada, reconhecendo condições necessárias de compactação e estabilidade do terreno. É possível reutilizar as aparas de blocos para preencher vãos na execução de vedações em alvenaria.
 Ou britar resíduos para homogeneização (produção dos agregados reciclados) empregados para enchimentos, estabilização de terrenos, sub-base e base de pavimentos, contrapisos, drenagens, produção de argamassas, concretos não estruturais, entre outros usos. As possibilidades poderão estar relacionadas a processamento dos resíduos em canteiro ou em unidades de reciclagem externas.


Foto: Divulgação
Produção de agregados e fabricação de blocos de vedação em canteiro, utilizando resíduos de demolição (concreto)

Os cuidados, neste caso, estão na identificação do perfil de geração dos resíduos para definir processos de reutilização ou reciclagem, respeitando também os potenciais consumos locais dos materiais reutilizáveis e, mais especificamente, dos agregados reciclados. É importante considerar a tecnologia mais adequada para atender o mercado demandante e as especificações definidas por normas técnicas aplicáveis. Recomenda-se, portanto, reconhecer oportunidades, tanto no canteiro quanto na cidade.

Madeira

O procedimento ideal é reutilizar as peças exaustivamente e redimensioná-las para uso diversificado, preparando local próximo da carpintaria para formação dos estoques intermediários. Esgotadas as possibilidades de reuso em canteiro, destinar externamente pa
ra unidades que trituram resíduos de madeira, transformando-os em cavacos para servirem como combustível em fornos e caldeiras em substituição à madeira virgem. Há também a possibilidade de readensamento dos resíduos triturados, ganhando a forma de briquetes para melhoria do potencial energético da biomassa para queima em fornos e caldeiras.


Foto: Divulgação
Produção de agregados reciclados em usina especializada na malha urbana

É preciso preparar locais para triagem dos resíduos em canteiro, garantindo qualidade das cargas com isenção de contaminantes, como terra, areia, cimento e outros.

Papel e papelÃo

Desde as caixas até as sacarias vazias, o papel e o papelão devem ser enviados a cooperativas ou a empresas que comercializam aparas para formação dos lotes para venda aos recicladores, que produzem embalagens e artefatos, incorporando conteúdo de papel reciclado ao processo de produção.
O armazenamento temporário no próprio canteiro deve ser feito em local abrigado e seco. Poderá haver forte restrição em alguns dos mercados à destinação de sacarias de cimento e argamassas, por conta do acúmulo de grãos entre as folhas.


Foto: Divulgação
Triagem dos resíduos em carpintaria e reciclagem com produção de cavacos em usina especializada na malha urbana

PlÁstico

Os materiais plásticos estão presentes em embalagens, lonas, telas, pedaços de tubulações 
e conduítes, entre tantos outros. O canteiro deve destinar esse tipo de RCC a cooperativas 
ou empresas que comercializam resíduos de plástico para formação de lotes para reciclagem, em um processo que envolve moagem, lavagem, secagem, aglutinação, extrusão, resfriamento, granulação ou peletização e, finalmente, uso como insumo na produção de artefatos em plástico.
É importante realizar a identificação prévia, na cadeia de reciclagem regional, das condições específicas para destinação, considerando principalmente, os tipos de polímeros que são aceitos.

Metal

Embalagens vazias, arames, pedaços de tubulações e vergalhões de metal, entre outros
 itens, são encaminhados a cooperativas ou a empresas que comercializam sucatas metáli
cas, com destinação final na indústria siderúrgica.
O procedimento em canteiro envolve o esgotamento de embalagens de tintas e congêneres para esvaziamento e aproveitamento máximo do conteúdo. Isto é importante por tratar-se de resíduo perigoso. Além disso, é boa prática utilizar apenas agentes formais como destinatários, ainda que tal prática implique em assumir custos de transporte e abrir mão de receitas com venda para agentes iminentemente informais.


Foto: Divulgação
Estoques de resíduos de papelão em depósito de aparas especializado e formação dos lotes para comercialização após prensagem e enfardamento

Gesso

As sobras de aplicação e aparas de gesso acartonado devem ser enviadas a empresas que concentram cargas para destinação final dos resíduos em indústrias de cimento. O material será utilizado nessas indústrias para controle da pega do cimento na fase de moagem do clínquer.
Os resíduos devem ser ensacados assim que forem gerados e acondicionados em caçambas exclusivas, para evitar mistura com resíduos de alvenaria e concreto.

ResÍduos perigosos

Tintas, solventes, óleos, graxas, instrumentos de aplicação impregnados, estopas, uniformes, EPIs contaminados, entre outros, são classificados como resíduos perigosos. Devem ser destinados a empresas aptas a receberem resíduos perigosos para uso em fornos de cimento (coprocessamento).
Neste caso, são vários os cuidados no canteiro, a começar pelo preparo de abrigo sinalizado, contido e ventilado para acondicionamento temporário. É preciso manter à mão um kit para mitigação constituído por areia ou serragem com pá para recolhimento dos resíduos contaminados e limpeza de superfícies, após derramamento de combustíveis ou de outras substâncias químicas. E, ainda, providenciar documentos necessários para validar o processo de destinação de resíduos perigosos – no estado de São Paulo é necessário obter o Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (CADRI). O transportador
 a ser contratado precisa ter habilitação específica para transportar resíduos perigosos.

Amianto

A destinação deve ser feita em aterros aptos a receber resíduos classe I – perigosos.
O primeiro cuidado com o amianto é evitar fragmentação. Materiais contendo amianto devem ser paletizados, cintados e envelopados preferencialmente com plástico espesso. O ideal é rotular telhas e acondicioná-las em big-bags, rotulados os fragmentos. São exigidos documentos para validar o processo de destinação de resíduos perigosos – no estado de São Paulo, é necessário obter o CADRI. O transportador a ser contratado deverá ter habilitação específica para transportar resíduos perigosos.

Efluentes fÍsico-quÍmicos

As águas residuais da lavagem de instrumentos de aplicação como pincéis, trinchas e brochas devem ser destinadas a estações de tratamento de efluentes físico-químicos.
Entre os cuidados em canteiro, é preciso providenciar tambores para lavagem exclusiva e exaustiva dos instrumentos de aplicação, concentrando o efluente até que a lavagem seja inócua. A exemplo dos demais resíduos perigosos é preciso providenciar documentos para validar processo de destinação de resíduos perigosos – no estado de São Paulo, obter o CADRI. O transportador a ser contratado deverá ter habilitação específica para transportar resíduos perigosos.
Elcio Careli acrescenta que processos mais artesanais podem ser identificados, porém, quando em reduzida escala, as soluções são pouco aplicáveis. É o caso da produção artesanal de bolsas, utilizando sacarias de cimento e argamassas vazias. “Recomendo que a obra adote iniciativas para minimizar perdas relacionadas à otimização do uso de recursos. Entre elas, o acondicionamento adequado dos insumos, limpeza da obra associada diretamente à execução de cada tarefa e soluções de projeto que minimizem improvisações geradoras de resíduos”, conclui o especialista.

LAUDO RUIDO AMBIENTAL

Este laudo foi realizado nos setores da   BRF Londrina Central de Distribuição, localizada na Av. Saul Elkind   cidade industrial s/n sa...